Esse é UM dos conceitos fundamentais para se compreender como se desenvolve o raciocínio clínico osteopático, baseado principalmente no princípio de que o corpo é uma unidade e não pode ser avaliado separando-se e isolando-se as diversas estruturas corporais.
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Tudo o que acontece no nosso corpo é monitorado por receptores, que captam as informações e as transmitem ao sistema nervoso. Obviamente, nem todas as informações chegam à nossa consciência.
Quando algum tecido sofre um estímulo nocivo, esses receptores captam a informação e a transmitem pelo sistema nervoso periférico (nervos) até o sistema nervoso central (medula e centros superiores).
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A medula espinhal tem vários níveis. Cada um desses níveis recebe informações de várias regiões (pele, músculos, vísceras, vasos, ossos…).
Nem todo estímulo nocivo se torna uma experiência de dor. Porém, um estímulo nocivo sustentado por um período de tempo, pode aumentar a excitabilidade de células nervosas (neurônios) e deixar o nível medular que recebe esses estímulos também excitado ou sensibilizado.
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Ocorre que, quando um segmento da medula encontra-se sensibilizado, os receptores dos outros tecidos que são inervados por aquele nível também se tornarão sensibilizados. Dessa forma, é possível termos, por exemplo, um estímulo nocivo em uma víscera e apresentarmos repercussões em uma vértebra ou em um membro ou até na pele cujo segmento medular de inervação seja o mesmo daquela víscera afetada.
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É comum, na avaliação osteopática, testarmos os diversos tecidos que são inervados pelo segmento medular do qual suspeitamos que esteja sensibilizado.
Além dessas relações neurológicas, há ainda outros aspectos a serem considerados e investigados, como o sistema fascial, que tem participação igualmente importante nas disfunções que podemos encontrar.
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Caso alguém tenha dúvidas ou queira alguma referência que embasa o post, pode me escrever.🙂